Nonna, nonna, come mi manchi. A textura dos seus cabelos escuros e escorridos é paupável, bella, e a lembrança do carinho feito pela sua mão ainda acalma. Sua voz é tão nítida, minha Fortu, suas palavras doces e sua bala de mel. Aposto que ainda me fala "mangia, se me voglie bene" aí do seu lugarzinho no céu. Se pessoa de sorte significa seu nome, eu digo que a fortuna é você quem traz, quando viveu, enquanto existe eternamente. Fortuna mesmo é te ter pra sempre, como parte da vida. Bondade inexplicável, amor em pessoa, Nonna nos deixou para buscar a paz. Deixar, não precisamente. Seu lugar ainda está no sofá e, nos aniversários, o bolo di cioccolato ainda é deliciado. Em todo aniversário em que você não está... Sua ausência se encontra em tudo, assim como sua presença, em todo lugar. Porque ainda consigo te escutar sonhando em grego e cantar para nos alegrar. Se ainda me envolvo no teu chale e me cubro com seu edredon, não é para segurar uma lembrança perdida. Depois de tantos anos, seu cheiro não está mais lá. Mas não preciso disso, não preciso de nada, te temos em cada característica, por toda eternità. O que tenho a te dizer: te amo pra sempre, minha querida. E per te, Fortunata, após prováveis erros de italiano, termino com versos franceses que você nos ensinou, na falta de palvras emocionadas: "...c'est ma plume qui te l'écrit et c'est mon coeur qui te le dit".
Arrivederci, nonna.
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